quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

RELATÓRIO

Estudantes do curso de Letras pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, Campus avançado “Profª. Maria Elisa de A. Maia”- CAMEAM, cursando a disciplina Linguística II no segundo período, a qual tem como professor Cezinaldo Bessa.
Ao iniciar as primeiras aulas, o professor passou o PGCC, mostrando como iríamos trabalhar durante o período, uma surpresa com a proposta do professor, em que o trabalho prático seria um blog, que de acordo com três partes descritas no PGCC teríamos que fazer postagens de sínteses, análise de música e outros trabalhos. O professor fez questão de organizar o que iríamos trabalhar em cada aula, ao longo, ocorreram alguns atrasos nas datas por conta de alguns congressos que se realizaram na universidade, mas também tivemos aulas adiantadas por falta de professor em outra disciplina, porém nada nos atrapalhou de prosseguir nessa longa jornada de novas descobertas e aprendizagens.
O primeiro que prosseguimos foram alguns textos, como: “lingüística textual” do livro “introdução á lingüística:domínios e fronteiras” de Bentes, que mostra o percurso histórico da Linguística textual; o segundo foi “Princípios de contrução textual de sentidos” do livro “Introdução á lingüística textual: trajetória e grandes temas” de Koch, que trabalha o processo de contrução textual; terceiro foi “A coesão do texto – como se faz a coesão? Procedimentos e recursos da coesão” do livro “Lutar com palavras: coesão e coerência” da autora Irandé Antunes, que enfoca os elementos coesivos e elementos de coerência. Esses textos serviram como base para a primeira avaliação escrita, não foi satisfatória para nós, porque não conseguimos atingir a nota da média que seria 7,0 pontos.
A segunda parte foi a divisão de textos para os seminário, nosso grupo (Cintia Medeiros e Thais Rosendo) foi o primeiro texto que é da autora Irandé Antunes como o titulo “o que é mesmo a informatividade do texto?” , foi prosseguido a leitura, a formação dos slides, porém com alguns erros, pois na data de apresentar a gente se atrasou um pouco e o segundo grupo com o texto “A intertextualidade” do autor Koch foi o primeiro a se expor, após um intervalo demos inicio a nossa apresentação mostrando aos nossos colegas a essência de um da informação, explicando o que era um texto previsível e imprevisível  assim concluindo o que seria um texto sem informação e com informação. O grupo em que nossa colega Alane Vidal ficou em outro grupo com o texto “gêneros textuais” também e Koch. O quarto e último grupo apresentaram “O texto e a interação verbal” do autor Fontão.
Como segunda avaliação teve também uma prova escrita com duas questões a primeira teríamos que sintetizar o texto que apresentamos no seminário e outra questão com o texto “coerência textual: um princípio de interpretabilidade” do livro “Ler e compreender os sentidos do texto” de Koch e Elias, essa segunda pergunta tivemos que ler um texto e mostrar quais ou qual o(s) tipo(s) de coerência e que sentido lhe atribuía, pois era o que o texto tratava, tipos de coerência como, a temática, estilística, semântica, pragmática e outras.

Por último, o blog como avaliação prática, como falei no início tivemos que postar alguns trabalhos, que teria determinado número de palavras, data certa e avaliação do professor e ainda nossos próprios colegas também tem que postar comentários com no mínimo de 150 palavras em algum blog dos colegas, de acordo com as postagens, e também dividido em três partes. O endereço do nosso blog é www.medeirosrosendo.blogspot.com, primeiramente nós não tínhamos nossa outra companheira Alane Vidal, mas por alguns motivos ela se juntou com a gente, Thaís e Cintia, a criação faz parte da primeira etapa.  O Primeiro trabalho escrito que fizemos foi uma síntese do texto   "A coesão como propriedade textual: bases para o ensino do texto" da autora Irandé Antunes, no texto o enfoque maior é á coesão. O segundo trabalho postado foi um fichamento de resumo do texto “Repensando a textualidade” da autora Maria da Graça Costa Val, que trata dos principais aspectos da textualidade. Ainda como segunda parte a postagem avaliativa foi uma análise musical, na qual cada grupo de cada blog teve que escolher uma música. Escolhemos “Múmias – Biquíni Cavadão”, para nós foi dentre os trabalhos, o mais interessante, a análise seria feita a partir de algum elemento de coesão ou sentido textual da coerência, abarcamos não só alguns elementos coesivos como também os sentidos textuais como intencionalidade, aceitabilidade, intertextualidade, informatividade e situacionalidade.

A penúltima parte é uma resenha crítica do livro “A articulação do texto” de Elisa Guimarães que mostra como é formada e como é dada a compreensão de um texto e de seu contexto, por último um relatório expondo o que alcançamos durante o período. O mesmo tem como objetivo concluir a disciplina, como também rever os textos lidos e demonstrar o quanto a disciplina nos proporcionou novos conhecimentos á cerca do texto, ou melhor, da lingüística textual.



RESENHA CRÍTICA

                     
                 GUIMARÃES, E. A articulação do texto. 10. ed. São Paulo: Ática.88p


Resenha Crítica do livro A Articulação do Texto, da autora Elisa Guimarães


Elisa Guimarães de forma explicativa deixa claro em seu livro, "A Articulação do Texto"  forma como um texto se organiza e a ligação que o mesmo tem com o seu contexto.
Formado não apenas por um amontoado de frases, mas sim por unidades que juntas lhes dão sentido como as palavras que são a sua base. O texto, que é constituído por muitos fatores fundamentais que e intimamente unidos que vai desde a intenção do emissor a mensagem capturada pelo receptor, ele é algo que propaga a comunicação ao meio em que estamos presentes, e nos informa sobre o que estar acontecendo neste meio. Com esta linha de raciocínio podemos dizer que não pode haver um texto sozinho, pois ele deve ser constituído de um todo em que segundo a autora cada elemento que forma o texto depende não apenas de sua forma própria, mas também de seu lugar e de suas relações com o conjunto. Assim pode-se dizer que um texto para estar completo ele depende da sua situação comunicativa, pois o contexto que lhe rodeia é o que o torna pleno, dessa forma um torna-se essencial para o esclarecimento do outro. 
Elisa Guimarães conceitualiza um texto como “um enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou breve, antigo ou moderno” (pag.14), enunciado esse que mostre claramente a presença de um emissor, pois um texto também pode ser determinado como um fragmento, uma frase e até mesmo como uma palavra-frase e não apenas pela junção destes. Com isso o texto é um enunciado objetivo, para que tenha uma significação clara, que vai estar conjunta da coesão e da coerência.  A autora também mostra uma tipologia de textos em que vamos enfocar apenas os textos do tipo, informativo e os textos literários ou ficcionais.
Para Elisa existem “relações que definem a estrutura temática do texto. Essas não se restringem a interação de unidades significativas, mas estendem-se a outros eixos da significação, como: as práticas intertextuais, as operações metalingüísticas, e os procedimentos que asseguram coesão e coerência do texto.” (pag.25).
Temos em mente que os textos trazem a repetição de nomes/lexemas, nomes esses que se referem a expressões já citadas anteriormente. Ao lermos essas expressões nos recordamos do que já foi citado, pois os mesmos estão em um mesmo contexto. 
Em texto um geralmente se tem a presença de “nominações” e “elipse”, onde as primeira referem-se a substituição de um verbo por um nome,e a segunda  o substituto é marcado pela flexão verbal devido o mesmo ser nulo.Vale salientar que para que ocorra a elipse o termo elíptico deve estar transparente em seu  contexto.Para que um texto seja compreensivo a síntese acima é essencial,assim como varias outras.Mencionando a idéia de Elisa a coesão e a coerência são elementos essenciais para a elaboração de um texto assim também como os “elementos lingüísticos” que Forman a” microestrutura do texto” .
No ultimo capitulo do seu livro Elisa se expressa sintaticamente as coordenações e subordinações que são necessárias para a elaboração de um texto, onde esses elementos se unem as relações de “equivalência” e “hierarquia “.
Para Elisa o titulo, o parágrafo e outras partes internas que estão presentes na estrutura de um texto, são fatores de extrema importância para o mesmo, e a autora enfoca bem isso em seu livro a “A Articulação do Texto”. Pois como sabemos um texto é dividido em partes que se completam, e essa completude forma o todo que no nesse caso é o corpo do texto. Com isso percebemos que  há duas hierarquias para essa ordem que são: a forma e o conteúdo.
Em linhas gerais, o livro A Articulação do Texto de Elisa Guimarães mostrar idéias de clareza com relação à organização e a produção de um texto, que é o que realmente chamamos de articulação do texto, que nada mais é que os procedimentos que unem o texto com o seu contexto. Porem o livro no geral traz um grande numero de informações que as vezes tornam-se confusas quebrando a seqüência lógica do texto,o que acarreta dificuldades na compreensão do mesmo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Múmias - Biquini Cavadão

Análise musical



“Múmias – Biquíni Cavadão”
Bem aventurados sejam  aqueles que amam essa desordem
Nós viemos a reboque, este mundo é um grande choque
Mas não somos desse mundo
De cidades em torrente
De pessoas em corrente
Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra
Vivemos preparados pra almoçar soldados
Chegamos atrasados, sumiram com a cidade antes de nós.
Mesmo assim, basta esquecê-la em outro dia
Transformando em lataria, tudo que estiver ao nosso alcance
Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra
Chega de farra, Chega de marra, Chega de guerra
Quem nunca falha, fala, erra
Suave te joga a primeira pedra
Aqui na terra, o bicho te pega, fica violento
Meu raciocínio transformado em racionamento
Só que talento é minha forma de reprodução
Corta câmera, corta luz que eu continuo em ação
Aproveitando nossa liberdade de expressão
Renato Russo, eu, Suave, e o Biquíni Cavadão
Bem aventurados sejam os senhores do progresso
Esses senhores do regresso.
Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra

Vivendo só de guerra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra
Viemos espalhar discórdia
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra
Conquistar muitas vitórias,
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra
Conquistar muitas derrotas
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra

A música múmias de Biquíni Cavadão “tem duas versões, a primeira foi gravada em 1986, com o nome “cidades em torrentes”, a segunda, ou seja, a regravação foi em 2001 sendo modificada, e estourou nas rádios após o ataque das torres gêmeas”, a música tem caráter racional  e retrata a guerra, a letra que iremos analisar será a regravação de 2001.
A primeira análise abarca a questão coesiva presente no texto, ao qual mostra elementos de reiteração, repetição e anáfora do tipo associativa.
   >>“aqueles” que opera como 1° pessoa, no primeiro parágrafo reiteram as pessoas que o autor diz como “bem aventurados”, e “nós” reitera “viemos”, “somos” reitera “mundo”;
                >> No segundo parágrafo “quem erra” reitera “errar, e “vivendo” é um tipo de anáfora associativa á ”vida”;
  >> Terceiro parágrafo “nós” reitera “chegamos” e “viemos”, “esquecê-la” e “lataria” refere-se á cidade
è         “erra“ refere-se á guerra, á farra, á marra, no quarto parágrafo que em primeira pessoa, “só” refere-se ao    autor, “nossa” refere-se as pessoas “Renato Russo, eu, Suave e o Biquíni Cavadão”;
  >> “esses” reiteram “os senhores”, os “bem aventurados”, no quinto parágrafo. O “talento” é anafórico á   “reprodução” e “corta luz, corta câmera” que diz respeito a uma forma de produzir através da filmagem;
             > > “esperamos”, “chegamos”, é referente ás “pessoas que vivem preparados pra almoçar soldados” , no sexto parágrafo;
  >>  a repetição propriamente dita é presente no quinto parágrafo em “chega” e “corta”; 
             >>  “derrotas”, “vitórias” é anáfora associativa á “guerra” no oitavo parágrafo.

Já que os elementos coesivos não satisfazem a compreensão da música, analisaremos a coerência textual.
Um dos elementos da coerência é a intertextualidade, que logo no início do texto é possível perceber, ou seja, quando o autor fala no primeiro parágrafo “Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordem” e no sexto parágrafo “Bem aventurados sejam os senhores do progresso”, é claro a lembrança do texto bíblico "E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados
sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa." em Mt 5:  1- 11. Que mostra as pessoas agem friamente diante das guerras, e as mesmas não são "Bem- aventurados" como demonstra no sermão, seria então uma ironia.
E também o que nos faz lembrar o texto bíblico é no início do quinto parágrafo “quem nunca falha, fala, erra, suave te joga a primeira pedra”, sendo um evangelho de João, Jo 8, 1-11. E há  intertextualidade na expressão idiomática “errar é humano” modificado para “errar não é humano” usado na música como refrão.
Outro elemento é a situacionalidade, a música fala sobre a guerra, que é uma das coisas ocorrentes entre países, nações, emfim na nossa sociedade, e como já havíamos falado no primeiro parágrafo sobre a regravação da música após a o ataque das torres gêmeas, uma situação política e econômica entre países ocasionando a guerra.
Outro elemento analisado na música foi a intencionalidade, que tem como instinto proposital de mostrar como o mundo está, ou seja, passando por revoluções, intencionando a paz no mundo. Outra analise é a aceitabilidade, pois quem intenciona (produtor) tem que ser aceito (receptor). Na música há uma forte ironia ao governo, quando o autor expõe em seu texto “bem aventurados sejam os senhores do progresso, esses senhores do regresso” e “bem aventurado sejam aqueles que amam essa desordem”, ou seja, critica o governo brasileiro, pois seria também uma maneira de intertextualizar a bandeira brasileira, pois se pegarmos “desordem” que é sinônimo de ordem e “progresso” que está contido na bandeira, formando ”ordem e progresso”, essa ironia teria uma inaceitabilidade para os governantes, mas seria bem aceito para o povo que tem essa mesma visão sobre os políticos, o de desordem no país.
Por último a informatividade do texto parece imprevisível quando vemos de primeira vista o título da música “múmias”, pois nos lembra as múmias, pessoas que já morreram, mas ao ler a música ou escutar percebemos que essa forma de nomear a música foi usada para criticar as pessoas que promovem as guerras, porque tudo ocorre no ataque, e o terrorista fica como se fosse uma múmia como se tudo que estivesse se passando fosse normal, ou também aos governantes que, por exemplo, devem aos países desenvolvidos não podendo fazer nada para não ocasionar a guerra, apesar de não direcionar explicitamente que essas pessoas os são, em suma o texto musical está informando de forma previsível pois as pessoas possuem um conhecimento prévio sobre o que seja uma guerra.


Referências
http://blogmusicvideos.blogspot.com/2009/08/mumias-1986-e-2001.html
http://www.comshalom.org/webforum/index.php?topic=914.0

 









FICHAMENTO DE RESUMO:

REPENSANDO A TEXTUALIDADE

                                      Maria da Graça Costa Val (FALE/UFMG)


Língua Portuguesa em debate: conhecimento e ensino/José Carlos de Azeredo (organizador). 4. Ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. 


O texto “Repensando a textualidade” de Maria da Graça Costa Val, trata de um estudo sobre os principais aspectos da textualidade. Desde o princípio da Linguística textual, a textualidade se define como um grupo de características que fazem um texto ser um texto, e não somente uma seqüência de frases. A LT se dedicou a estudar desde que se desenvolveram os princípios constitutivos do texto, a produção e a recepção. Com o conhecimento mais amplo, passou dos limites da frase, buscando os processos, ou seja, suas condições de produções, enunciação e interlocução.
Para Val antes não era dado reflexões lingüísticas a textualidade, sendo  necessário repensar a conceitualidade textual de acordo com a análise do discurso, as teorias de enunciação, a Pragmática, a análise de conversação e os estudos sobre língua falada, “tais características advindas de recursos textuais, pois nosso próprio ato de falar produz textos”. Anteriormente as tendências concebidas e privilegiadas na Lingüística Textual, em 1977 por Maria-Elizabeth Conte, foram três: a 1ª análise transfrástica que se liga a coesão, pois trata de como é empregado a gramática. Nesse momento o estudo mais importante foi o de Isenberg (1968), que apontou questões sintáticas e relações semânticas. Os procedimentos de textualização têm doze características que alinha o possível funcionamento entre enunciados e faz com que o falante execute e reconheça estruturas textuais subjacentes. Na segunda o texto é visto como unidade de sentido, que no contexto da coerência textual e da macroestrutura semântica ele deixa de ser pensado na visão de significados e passa a ser visto como algo global. A terceira e última tendência é a tipológica, segundo Costa Val citando Conte (1977), é a vez de a pragmática dominar na realização de textos, esse novo domínio tinha por objetivo explicar a competência comunicativa, ou seja, à capacidade que o falante tem em agir diante da comunicação social. Em uma breve análise de algumas obras, a autora cita vários lingüistas, Halliday & Hasan que dizem que “um texto sem coesão seria um não-texto”. Os segundos a serem citados são Harweg (1968) e Marcuschi, Harweg situado por Conte (1977) segundo a autora, consideraram que os pronomes eram parte insubstituível no texto, com essa dominância inicial na LT o texto foi definido como “cadeia pronominal ininterrupta”, então a coerência foi tomada como principal ponto da textualidade e a coesão insuficiente. Estudiosos como Kock e Travalia, afirmam que “há muitos textos sem coesão que apresentam coerência”. Outros autores como Beugrande & Dressler (1981), consideram como ponto importante a atividade comunicativa textual (processo), os mesmos criaram os sete princípios constitutivos da textualidade, que funcionam como comportamento na comunicação textual; e três princípios que controlam comunicação textual que são eficiência, eficácia e adequação. Costa Val define os sete elementos de acordo com os criadores.
Beugrande & Dressler diz que coesão refere-se aos modos como os componentes de um texto se conectam. A coerência “não é um meio traço dos textos, mas sim o resultado de processos cognitivos entre os usuários do texto”. A intencionalidade é a intenção do usuário e a aceitabilidade é a expectativa. Já a informatividade é uma avaliação do grau de conhecimento do usuárioou á previsibilidade do texto. A situacionalidade é como os usuários vêem a ocorrência do sentido textual, a partir de seu conhecimento. Por último, a intertextualidade diz respeito a um texto que foi construído a partir de outro.
Charolles (1978) é outro autor também citado por Costa Val. Ela da ênfase as quatro meta-regras criadas pelo mesmo, que diz que é inconveniente a separação do semântico e do pragmático, e o iminente do situacional, assim não vale a pena distinguir a coesão da coerência. A primeira é “meta-regra da repetição”, que diz que a linearidade de um texto se da por retomadas que reitera o que foi dito. A segunda diz respeito à “progressão” que é o inverso da repetição e da continuidade, pois o desenvolvimento do texto depende de novas informações. A terceira é a “não-contradição”, ou a lógica do texto. A ultima meta-regra é a de “relação”, pois a coerência de texto também depende da relação direta entre os fatos citados no mesmo.
A autora conclui o seu texto dizendo que a posição seguida por ela pode vim a deixar os professores um pouco perplexos e levantar questões como a seguinte: ‘se tudo é texto, se não há diferença entre texto e não-texto, se não se pode dizer que um texto não tem coerência ou não tem coesão, então tudo o que os alunos escreverem ou disserem estará bom, não resta nada a fazer em sala de aula!’. Diz ela acreditar que ao contrário, este modo de compreender a textualidade abre perspectivas promissoras para o ensino, e mostra em seguida algumas das possibilidades de aplicação que ela ver para esse quadro teórico em aulas de Língua Portuguesa. 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

    "O Curso de Letras objetiva formar profissionais interculturalmente competentes, capazes de refletir criticamente sobre temas e questões relativas aos estudos lingüísticos e literários, a fazer uso de novas tecnologias e a compreender sua formação profissional como processo contínuo, autônomo e permanente."

    Nós estudantes de letras somos completamente satisfeitos com o estudo tanto literários, quanto linguístico. É de suma importância fazer parte de um estudo tão cheio de amplitudes.



Referência
http://www.letras.uema.br/

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ler!

“na medida em que tivermos diante de nós uma obra de arte, realizada através de palavras, ela se caracterizará pela abertura, pela possibilidade de vários níveis de  leitura, pelo grau de atenção e consciência a que nos obriga, pelo fato de ser única, imprevisível, original, enfim, seja no conteúdo, seja na forma. Essa obra, marcada pela conotação e pela plurissignificação, não poderá ser pedagógica, no sentido de  encaminhar o leitor para um único ponto, uma única interpretação”. Cunha citado por MARTUCCI (1999, p.3)
                       
           Quando lemos viajamos!